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A etiogênese, o diagnóstico e a terapêutica da hiperatividade constituem-se, ainda hoje, em desafios para a medicina e para a psicologia. São nebulosos, ainda, os precisos limites entre a condição normal e patológica que caracterizam os diferentes estágios dessa síndrome que, não obstante intensivamente estudada, ainda não tem contornos totalmente delineados.
Neste contexto, a participação terapêutica da música deve ser forçosamente considerada, convergindo para essa condição os objetivos primordiais deste trabalho, dentre os quais situam-se a contribuição metodológica para os índices da hiperatividade, bem como a alternativa de atendimento, através da música, de meninos diagnosticados como hiperativos ou indicados como irrequietos.
Para chegar-se às conclusões lógicas sobre esses pontos, foi necessário obedecer a um plano de trabalho constante das seguintes etapas:

1ª) identificação dos fatores comportamentais que orientaram as professoras para indicarem os meninos irrequietos;

2ª) avaliação observacional da movimentação corporal em meninos não diag-nosticados e não indicados como irrequietos;

3ª) avaliação corporal em meninos diagnosticados como hiperativos e aqueles indicados como irrequietos.